Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) Tunelizado em Pacientes Adultos e Resultados Associados
840 pacientes em todo o mundo
Disponível em Brazil
Os dados publicados este ano a partir de um estudo multicêntrico no Brasil apresentando os padrões de uso e desfechos clínicos de PICC indicaram que centros com equipes de acesso vascular, adoção das melhores práticas e tecnologias atuais resultam em baixas taxas de complicações, como infecções sanguíneas primárias relacionadas ao cateter, trombose venosa profunda e oclusão reversível. Apesar destes dados mais recentes mostrarem que as complicações relacionadas ao PICC podem ser mitigadas pelo uso de tecnologia, equipes de acesso vascular, adoção das melhores práticas e medidas de controle de infecção, ainda há espaço para incorporar novas técnicas na inserção de PICC com o objetivo de reduzir ainda mais complicações evitáveis. Por exemplo, estudos recentes com metodologia robusta demonstraram o benefício da técnica de tunelamento em comparação com a técnica de inserção convencional. Um ensaio clínico randomizado mostrou que o tempo de permanência do dispositivo inserido usando a técnica de tunelamento foi maior em comparação com a técnica convencional sem tunelamento em pacientes adultos, juntamente com uma menor incidência de trombose e infecção. No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, recentemente, enfermeiros da Equipe de PICC foram treinados na técnica de tunelamento em um centro de referência no Brasil. Os resultados iniciais do tunelamento em pacientes adultos, pediátricos e neonatais são encorajadores.
Os resultados observados da implementação da técnica indicam que há potencial para reduzir complicações evitáveis e nos incentivam a propor um ensaio clínico randomizado multicêntrico envolvendo duas instituições adicionais com perfis semelhantes em relação à composição das Equipes de Acesso Vascular, adoção das melhores práticas relacionadas ao cuidado do cateter e educação ativa contínua. Até onde sabemos, estudos robustos desta natureza não estão sendo atualmente conduzidos no Brasil.