Última atualização há 5 meses

Efeitos da Fotobiomodulação na Dor e Função Sexual em Mulheres com Dispareunia: Ensaio Clínico Randomizado

52 pacientes em todo o mundo
Disponível em Brazil
A disfunção sexual feminina é conhecida como o distúrbio experimentado por uma mulher quando ocorrem mudanças em seu comportamento sexual habitual. Estima-se que entre 16 e 40% das mulheres sofrem de algum tipo de disfunção sexual, e esse percentual aumenta com a idade.1 Entre os distúrbios dolorosos, destaca-se a dispareunia, que é definida como a dor percebida na pelve associada ao sexo com penetração. Pode ser aplicada a mulheres e homens. Geralmente ocorre com a penetração peniana, mas frequentemente está associada à dor durante a inserção de qualquer objeto. Pode ser aplicada à relação anal e vaginal. É classicamente subdividida em superficial, quando afeta a vulva e a entrada vaginal, e profunda, quando a área dolorosa é o colo do útero, bexiga e/ou a parte inferior da pelve.2 Outra classificação a divide em primária, associada à dor no início da vida sexual, e secundária, quando aparece mais tarde.3 Afeta diretamente a saúde física, bem como o bem-estar sexual e mental. Consequentemente, pode levar à depressão, ansiedade e baixa autoestima nas mulheres que a experimentam.4 Estudos mostram uma associação entre hiperatividade dos músculos pélvicos e dispareunia, o que pode ter um impacto significativo na saúde física e mental, levando a problemas como depressão, ansiedade, hipervigilância à dor, imagem corporal negativa e baixa autoestima, além da possibilidade de levar a outras disfunções sexuais.5 O tratamento multidisciplinar é altamente recomendado nesta população e visa abordar os vários aspectos físicos, emocionais e comportamentais envolvidos nas disfunções sexuais. Essa abordagem envolve a colaboração de uma equipe composta por profissionais especializados, como ginecologistas, fisioterapeutas, terapeutas sexuais, psicólogos e/ou psiquiatras. Entre esses profissionais, a fisioterapia se destaca como uma intervenção capaz de melhorar a saúde sexual, por meio de abordagens individualizadas para cada paciente. Considerando que muitos pacientes com dispareunia não respondem adequadamente à terapia medicamentosa convencional, há uma clara necessidade de buscar novas alternativas terapêuticas, como a fotobiomodulação (PBM). Estudos anteriores mostram resultados positivos no uso da PBM na melhoria da dor relacionada a condições musculoesqueléticas e artríticas. Além disso, a aplicação da PBM na área da fisioterapia pélvica tem sido expandida. Um estudo realizado por Lev-Sagie et al.6 mostrou resultados positivos no uso da fotobiomodulação em mulheres com vestibulodinia, em relação à dor. Estudos anteriores também indicam que a aplicação intravaginal da PBM tem sido eficaz na diminuição da dor em condições relacionadas à dor pélvica crônica, endometriose e dor pélvica de origem miofascial, o que sugere que a fotobiomodulação pode ser uma terapia promissora para mulheres com dispareunia.7 ,8,9 Nos últimos anos, pesquisas têm sido realizadas para investigar a presença e aumento de mediadores inflamatórios em diferentes distúrbios dolorosos musculoesqueléticos10-14. Um estudo que aplicou fotobiomodulação em pacientes com dor lombar observou mudanças em alguns biomarcadores, no plasma ou microdiálise, indicando que os pacientes com dor lombar que recebem fotobiomodulação podem apresentar mudanças nos níveis de mediadores inflamatórios.15 No entanto, até o momento, poucos estudos foram realizados sobre esse tema, nenhum deles aplicado a mulheres com dispareunia. A escassez de estudos que padronizam um protocolo de aplicação, que observa o tempo de efeito e a análise de biomarcadores inflamatórios no uso da fotobiomodulação em mulheres com dispareunia, justifica a necessidade de pesquisa sobre o tema. Portanto, o objetivo deste estudo é comparar os efeitos da aplicação vulvar e intravaginal da PBM em comparação com o grupo placebo na dor e função sexual de mulheres com dispareunia nos momentos pós-intervenção imediata e em acompanhamentos de 15, 30, 90 e 180 dias.
Federal University of Health Science of Porto Alegre
1Locais de pesquisa
52Pacientes no mundo

Este estudo é para pessoas com

Dolor genitopélvico
Dispareunia

Medicação / medicamento a ser usado

fotobiomodulação
dispareunia
disfunção sexual
fisioterapia
dor pélvica

requisitos para o paciente

Até 45 Anos
Fêmea

Requisitos médicos

Mulheres, com idades entre 18 e 45 anos, classificadas com critérios de dispareunia, de acordo com as diretrizes da European Association of Urology guideline (2022)2, que relatam dor na relação maior que 3 na escala de dor numérica visual no início da participação na pesquisa, que apresentam sensibilidade à palpação unidigital da parede muscular pélvica (por exemplo, levator ani, coccígeo, obturador) e que relatam sentir dor durante a penetração por pelo menos 6 meses.
Mulheres com histórico de doenças neurológicas ou oncológicas, fraturas ósseas na região pélvica, além de radiculopatias, doença cardíaca descompensada ou distúrbios metabólicos, grávidas, lactantes, mulheres na menopausa, mulheres com dificuldades de compreensão da linguagem escrita ou falada, em uso de medicamentos fotossensibilizantes, que apresentem condição inflamatória ou tenham usado anti-inflamatórios no dia da avaliação, sinais de alerta (sangramento pós-coito, perda de peso inexplicada abrupta, presença de massa visível na ultrassonografia, hematúria macroscópica ou microscópica), que tenham um diagnóstico de síndrome da bexiga dolorosa, síndrome do intestino irritável, cistite intersticial, fibromialgia.
Quem tem histórico de cirurgia na coluna ou passou por qualquer intervenção cirúrgica com anestesia geral nos últimos 120 dias. Quem está atualmente fazendo tratamento de fisioterapia pélvica.

Sites

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
R. Sarmento Leite, 245 - Centro Histórico, Porto Alegre - RS, 90050-170, Brazil
LinkedinInstagramFacebook
Termos e CondiçõesPolítica de privacidade